segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Fatores demográficos, socioeconômicos e de saúde afetam desempenho físico dos idosos



A existência de variadas definições resultou na dificuldade de aplicação e utilização das informações. Foi necessário esclarecer, mais detalhadamente, o conceito e as medidas de incapacidade. "Existe uma enorme dificuldade na tentativa de mensurar e conceituar a incapacidade devido ao caráter multidimensional, dinâmico e complexo desse fenômeno. Não há um consenso entre os pesquisadores para identificar as populações de idosos com incapacidade", afirmou.

Com base na pesquisa, é possível afirmar que a incapacidade funcional diz respeito ao desempenho físico e pode ser definida pela dificuldade ou necessidade de ajuda para o indivíduo executar tarefas cotidianas básicas ou mais complexas, essenciais para a vida independente na comunidade e tarefas relacionadas à mobilidade.

Os idosos no Brasil constituem um grupo heterogêneo com características bastante peculiares. As grandes variações nas condições de saúde, no bem-estar, na capacidade funcional e nas necessidades de cuidado é o que distingue os diferentes grupos de idosos. "Descrever as características de saúde dos idosos foi uma tarefa complexa, porque pouco se sabe sobre como as várias condições se agrupam nessas populações. Os idosos possuem uma ampla variação das condições de saúde e de fatores de riscos", explicou.

A incapacidade funcional dos idosos está relacionada com fatores demográficos, socioeconômicos e de saúde. Entre muitas outras coisas, o estudo mostra que mulheres idosas são mais prováveis de apresentarem maior prejuízo funcional. Residir em áreas urbanas e morar acompanhado, bem como o aumento do nível educacional e da renda, por outro lado, são fatores relevantes para reduzir a probabilidade de o idoso reportar uma pior capacidade funcional.


"O estudo buscou reforçar a noção de que é imprescindível elaborar estratégias específicas voltadas para a manutenção ou recuperação da capacidade funcional dos idosos. Como, na maioria das vezes, é pouco provável reverter o quadro clínico, ou seja, eliminar as doenças, a abordagem da capacidade funcional se torna essencial para a promoção da saúde e do bem-estar, aumentando, assim, a qualidade de vida do idoso", finalizou Luciana.

FONTE: http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/materia/?matid=13376

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