sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Violência Psicológica Contra Idosos

Os comentários e frases do tipo “Idade da Maturidade”, “Naquele tempo...”, “No meu tempo é assim”, “Esse velho, esta gagá” e outras conotações violentas mostram que a pessoa idosa “carrega”, culturalmente, uma aceitação ou negação do envelhecimento. O idoso já não tem a quem recorrer, pois o autor/agressor é familiar, caracterizando uma violência doméstica e psicológica. Eles, vítimas da violência psicológica, estão em sofrimento. Necessitando de tratamento psicossocial, de preferência por uma equipe multidisciplinar de profissionais sensíveis e capacitados com a questão do idoso. A falta de tratamento gera patologias de várias ordens podendo se desenvolverem, o debilitando, deixando seqüelas irreversíveis ou até mesmo levando a óbito. Na vida dos idosos brasileiros a violência traz essa “nova’ roupagem, “NÃO DITA”, as ações violentas são “silenciosas” o que explica Minayo, 2003 esclarecer que “no caso brasileiro, as violências contra a geração dos 60 anos se expressam em tradicionais formas de discriminação”. È emergencial ações para combater, sensibilizar e educar as pessoas sobre a violência e suas conseqüências.

“Saber e não fazer é ainda não saber” (Antigo Provérbio).

MINAYO, Maria Cecília de Souza; Violência Contra Idoso: Relevância para um Velho Problema. Cad Saúde Púb. 2003.


Autora: Ana Caroline Moura Cabral / Graduada em Psicologia - FTC/Itabuna.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

prevenção para idoso

Maceió recebe centro de prevenção para idoso

ENSP, publicada em 13/01/2009

O site de notícias Alagoas 24 Horas informou, no dia 9 de janeiro, que o estado ganhará um Centro Integrado de Atenção e Prevenção da Violência contra a Pessoa Idosa agora em 2009. O acompanhamento desses centros está a cargo do 'Observatório Nacional do Idoso', uma iniciativa da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, em parceria com o Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli (Claves/ENSP/Fiocruz) e uma das integrantes do Claves, Ana Elisa Bastos, estará, no mês de fevereiro, em Maceió para uma avaliação técnica do centro.

Confira, no arquivo em anexo, a íntegra da matéria e clique aqui para saber mais sobre o Observatório Nacional do Idoso.

http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/materia/?origem=1&matid=14803

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Claves participa de estratégia para enfrentar violência contra idosos


ENSP, publicada em 19/12/2008

Criado em junho de 2008, por meio de uma iniciativa da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, em parceria com o Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli, da Escola Nacional de Saúde Pública (Claves/ENSP/Fiocruz), o Observatório Nacional do Idoso se constitui em um dispositivo de observação, acompanhamento e análise das políticas e estratégias de ação de enfrentamento da violência contra a pessoa idosa. O Observatório é mais uma das iniciativas da ENSP, que busca ampliar o acesso e a saúde dessa população. Acompanhe, a seguir, a entrevista que a pesquisadora do Claves, Kathie Njaine, concedeu ao Informe ENSP sobre a criação e os objetivos do Observatório Nacional do Idoso.

Informe ENSP: Como e com qual objetivo o Observatório Nacional do Idoso foi criado?

Kathie Njaine:
O Observatório foi lançado no dia 18 de junho de 2008, em Brasília, por meio de uma iniciativa da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR), em parceria com o Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli, da Escola Nacional de Saúde Pública (Claves/ENSP/Fiocruz). Ele se constitui em um dispositivo de observação, acompanhamento e análise das políticas e estratégias de ação de enfrentamento da violência contra a pessoa idosa, funcionando como um espaço permanente e interativo de intercâmbio de informações entre as equipes dos Centros de Atenção e Prevenção à Violência contra a Pessoa Idosa e demais usuários.

Informe ENSP: Como funcionam os centros de Atenção e Prevenção à Violência contra a Pessoa Idosa?

Kathie Njaine:
Foram implantados 20 Centros no país a fim de desenvolverem diversas atividades de atenção aos idosos em situação de violência. Esses serviços têm um papel importantíssimo na prevenção dos maus-tratos e no apoio à pessoa idosa vítima de violência e a seus familiares. Eles fazem parte de uma das estratégias do Plano de Enfrentamento da Violência contra a Pessoa Idosa (2007/2010), da SEDH, por meio da Subsecretaria de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos.


Informe ENSP: Em qual estágio está a construção dos Centros?

Kathie Njaine:
Cada centro está em diferente etapa de construção. Alguns acabaram de ser implantados e outros estão atuando plenamente consolidando suas ações, criando parcerias e se tornando serviços de referência em suas regiões. É importante ver que a construção desses centros é um passo fundamental em relação à proteção dos direitos humanos dos idosos.

Informe ENSP: O Portal do Observatório Nacional do Idoso já está em pleno funcionamento. Quais são suas características?

Kathie Njaine:
O portal é uma iniciativa inovadora e relevante nessa temática. Ele contém informações sobre os Centros Integrados, as análises e pesquisas relacionadas à atenção e prevenção à violência contra a pessoa idosa, um fórum de discussão, notícias, links de interesse, fale conosco e uma biblioteca digital com artigos, clipplings, manuais e cartilhas, bem como relatórios e monografias sobre o tema. Além disso, possui uma área de notícias gerais com textos sobre qualidade de vida, promoção da saúde e violência contra idosos. Outro aspecto é que cada Centro terá sua página e será responsável por abastecê-la.

Informe ENSP: Qual avaliação você faz desses primeiros seis meses de funcionamento do Observatório?

Kathie Njaine:
Precisamos ganhar mais visibilidade para poder contribuir com o debate sobre essa grave questão social. Contamos com todos para a divulgação do Observatório e participação nos nossos fóruns de discussão. Também gostaríamos de receber sugestões e críticas para melhorar o nosso trabalho.

Informe ENSP: Quem faz parte da equipe do Observatório?

Kathie Njaine:
A equipe do Observatório é composta dos integrantes do Claves: Maria Cecília de Souza Minayo, Kathie Njaine, Ana Elisa Bastos Figueiredo, Edinilsa Ramos de Souza, Adalgisa Peixoto Ribeiro, Luciana Mangas de Araújo e Danúzia da Rocha de Paula.