sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Claves participa de observatório para acompanhar estratégias de enfrentamento da violência contra o idoso


ENSP, publicada em 03/07/2008

Uma iniciativa da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República em parceria com o Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli, da Escola Nacional de Saúde Pública (Claves/ENSP/Fiocruz), criou um dispositivo de observação, acompanhamento e análises das políticas e estratégias de ação de enfrentamento da violência contra a pessoa idosa. O Observatório Nacional da Pessoa Idosa funcionará como um espaço permanente para o intercâmbio de informações entre as equipes dos 18 Centros Integrados de Atenção e Prevenção à Violência contra a Pessoa Idosa espalhados pelo país.

O Observatório é uma das ações conjuntas entre a Secretaria de Direitos Humanos e o Claves - que também irá monitorar os Centros Integrados - cujo objetivo é cumprir o Plano de Ação para Enfrentamento da Violência contra a Pessoa Idosa, documento criado por uma equipe técnica do Claves, composta das pesquisadoras, Maria Cecília de Souza Minayo, Edinilsa Ramos de Souza, Ana Elisa Bastos Figueiredo e Kathie Njaine, com apoio de diferentes ministérios e da Secretaria.


O Observatório foi lançado no dia 18 de junho de 2008, em Brasília. Por meio do acompanhamento dos Centros Integrados de Atenção e Prevenção à Violência contra a Pessoa Idosa, o Claves e a Secretaria irão trabalhar no monitoramento das políticas voltadas para os idosos no país, além de dar visibilidade ao trabalho dos centros, que são constituídos por diversos profissionais que atuam na área de assistência aos idosos. "Nossa previsão é que o Observatório também divulgue notícias, não só de violência contra os mais velhos, mas de qualidade de vida, promoção da saúde e assuntos de interesse de todo o país", revelou Kathie Njaine.

O Portal do Observatório Nacional do Idoso contém informações sobre os Centros Integrados, as análises e pesquisas relacionadas à atenção e prevenção à violência contra a pessoa idosa, um fórum de discussão, notícias, links de interesse, fale conosco e uma biblioteca digital com artigos, clipplings, manuais e cartilhas, além de relatórios e monografias sobre o tema. "Temos uma área de notícias gerais, com textos sobre a qualidade de vida, promoção da saúde e violência dos idosos. Outro aspecto é que cada Centro terá sua página e será responsável por abastecê-la", afirmou Luciana Mangas de Araújo, que também gerencia o Observatório em conjunto com Kathie e Ana Elisa Bastos Figueiredo, também do Claves.

De acordo com Kathie Njaine, cada centro está em diferente etapa de construção. Alguns acabaram de ser implantados e outros já são consolidados em atenção ao idoso em situação de violência. "É importante ver que a construção desses centros é um passo fundamental com relação à proteção dos direitos humanos dos idosos. Esses trabalhos servem de referência para discutir as políticas públicas voltadas para prevenção da violência contra a pessoa idosa", atestou. Além disso, a pesquisadora enfatizou a participação dos diferentes ministérios na elaboração do Plano de Ação para Enfrentamento da Violência contra a Pessoa Idosa. "O Ministério das Cidades, por exemplo, pode contribuir com a questão da mobilidade dos idosos. Eles podem contribuir com o espaço urbano, as calçadas, o planejamento da cidades. Hoje não podemos deixar de pensar na circulação da pessoa idosa, por conta da grande população que o país tem. Em 2005, segundo dados do IBGE, tínhamos 18 milhões de idosos no país. Isso representa quase 10% da população brasileira, e a tendência é crescer, pois a expectativa de vida da população está maior".

A equipe do observatório é composta dos integrantes do Claves: Maria Cecília de Souza Minayo, Kathie Njaine, Ana Elisa Bastos Figueiredo, Edinilsa Ramos de Souza, Adalgisa Peixoto Ribeiro, Luciana Mangas de Araújo, Danúzia da Rocha de Paula e Marcelo da Cunha Pereira.

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